O atual brasão da cidade de Coimbra foi aprovado por Portaria de 14 de novembro de 1930 que descreve a sua constituição heráldica nestes termos :
"De vermelho com uma taça de ouro realçada a púrpura, acompanhada de uma serpe alada e um leão batalhantes ... Em chefe, um busto de mulher, coroada de ouro e vestida de púrpura ..."
Estes motivos eram os do desenho que constou do Foral Manuelino de 1516, e num sermão proferido por Frei Jorge Pinheiro mais de um século depois, em 1625, para solenizar a canonização da Rainha Santa, foram interpretados como figurando Santa Isabel coroada, e referidos à concórdia entre o Leão de Castela e a Serpente de Portugal. Foi a versão mais aceite pela população.
No entanto, também em principios do séc. XVII, Frei Bernardo de Brito formulou na sua obra "Monarquia Lusitana" uma interpretação baseada na História da fundação da cidade, que atualmente é a mais divulgada e está sustentada numa escultura em relevo (com o nº 6341) existente no Museu Machado de Castro.
Ataces, rei dos alanos, no início da edificação da cidade, foi atacado pelo rei dos suevos - Hermenerico, que mais uma vez acabou vencido e perseguido, tendo de implorar a paz e oferecer a mão de sua filha Cindazunda. Encantado com a formusura da princesa, Ataces aceitou a proposta fundando a cidade como aliados.
A memória dos factos ficaria registada em pedra, com a figura central feminina e a taça simbolizando as bodas. O leão personifica o rei Ataces, enquanto o dragão (imagem duma serpe alada) pesonifica o rei Hermenerico.
Em agosto de 2017 foi inaugurada uma escultujra da Princesa Cindazunda no início da Av. Fernão de Magalhães, no local onde antigamente se cruzava com a Estrada Nacional, e muito próximo da Estação Velha.